A bactéria Staphylococcus epidermidis é uma espécie bacteriana com ausência da enzima coagulase, colonizando naturalmente o microambiente da pele e mucosas de humanos e outros animais. Normalmente vive em simbiose com seu hospedeiro mas pode provocar infecções a partir de tecidos colonizados. Em ambientes hospitalares, a infecção ocorre através de instrumentos de acesso como agulha, cateteres e outros dispositivos.
As infecções por Staphylococcus epidermidis não apontam sinais muito evidentes, o que torna mais difícil o seu diagnóstico. O seu tratamento pode ser demorado em virtude da formação de biofilmes e surgimento de genes de resistência os quais interferem na terapêutica.
Quais são os fatores de virulência de Staphylococcus epidermidis?
- Polímero de superfície (à base de ácido poli-gama-glutâmico)
- Lipoproteína e ácido lipoteicoico
- Adaptação ao ambiente (através de enzimas que inibem a proliferação de outras cepas)
Quais são as áreas mais afetadas por Staphylococcus epidermidis?
As cepas de Staphylococcus epidermidis têm algum tropismo para áreas úmidas, com prevalência em:
- Narinas
- Dedos do pé
- Axilas
Terapêutica e resistência aos antimicrobianos
Cepas de Stapylococcys epidermidis apresentam resistência à múltiplas drogas, principalmente em ambientes hospitalares.
- Resistência à Penicilinas (betalactâmicos) devido à presença de beta-lactamases
- Gentamicina (aminoglicosídeos) e tetraciclina
- Quinolonas
- Cloranfenicol, macrolídeos, estreptograminas
Ainda há uma boa sensibilidade das cepas aos efeitos de:
- Vancomicina (glicopeptídeos)
- Linezolida (oxazolidonas)
Referências bibliográficas
Trabulsi, L.R. & Alterthum, F. Microbioologia. Ed. Atheneu. 6ª edição, 2016 (cap. 21).
Prof. Sanderson Araújo
Editor do blog
Farmacêutico pela Universidade Federal do Pará.
Mestrado em Neurociência pela Universidade Federal do Pará.
Trabalha em um Instituto de Pesquisa na amazônia há 10 anos.
Vídeoaulas no Youtube: Mente e Saúde – Fisiologia e Farmacologia
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