Streptococcus agalactiae – o que você precisa saber?

A bacteria Streptococcus agactiae, também chamado de Estreptococos do Grupo B é um coco gram-positivo anaeróbio facultativo que pode colonizar o trato genital e intestinal (reto-vaginal) das mulheres gestantes, podendo causar infecções graves em recém-nascidos. Esta cepa coloniza de maneira eficiente os epitélios vaginal, placentário, mucosa bucal e faringe além dos endotélios alveolares. Cada uma dessas interações é potencialmente importante para a transmissão vertical da bactéria e início da infecção neonatal.

Recém-nascidos são um grupos particularmente sensíveis à infecção devido à sua pouca maturação do sistema imunológico, com poucos macrófagos alveolares, sistema complemento incompleto e atividade quimiotática dos neutrófilos reduzida.

A aspiração do líquido amniótico/secreção vaginal pelo feto/recém-nascido leva a bactéria aos alvéolos pulmonares onde esta se prolifera, estimula a endocitose e ganha acesso à corrente sanguínea.

Infecções neonatais precoces causadas por S. agalactie. A contaminação pode ocorrer ainda dentro do útero ou durante a passagem do recém-nascido pelo canal vaginal. Fonte: Trabulsi, 2016.

Quais os fatores de virulêsncia de Streptococcus agalactiae?

É pensado que o canal vaginal é o principal reservatório de cepas de S. agalactiae. Onde os fatores de virulência que favorecem a colonização são:

Fatores de virulência associados à S. agalactiae (Estreptococos do grupo B). Imagem: Adaptado. Liu & Liu, 2022.

Quais as manifestações clínicas da infecção por Streptococcus agalactiae?

EM RECÉM-NASCIDOS

Síndrome de início precoce: Ocorre na primeira semana de vida. Pode ser adquirida através da aspiração do líquido amniótico contaminado ou pela passagem através do canal vaginal colonizado. Apresenta pneumonia, artrite séptica, sepse e meningite.

 

Síndrome de ocorrência tardia: Ocorre entre 7-90 dias após o nascimento. A mais comum é associada à bacteremia associada à meningite. As fontes de contaminação são a própria mãe e outras crianças doentes.

EM PARTURIENTES

Em parturiente, os estreptococos do grupo B estão associados à:

Terapêutica, prevenção e controle de Streptococcus agalactiae

TERAPIA DE ESCOLHA

EM CASO DE TOLERÂNCIA

PACIENTES ALÉRGICOS À BETALACTÂMICOS

PREVENÇÃO DA INFECÇÃO NO RECÉM-NASCIDO

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Referências bibliográficas

Liu, Y.; Liu, J. Group B Streptococcus: Virulence Factors and Pathogenic Mechanism. Microorganisms 2022, 10, 2483.

Trabulsi, L.R. & Alterthum, F. MicrobioologiaEd. Atheneu. 6ª edição, 2016 (cap. 23).

Prof. Sanderson Araújo

Editor do blog
Farmacêutico pela Universidade Federal do Pará.
Mestrado em Neurociência pela Universidade Federal do Pará.
Trabalha em um Instituto de Pesquisa na amazônia há 10 anos.
Vídeoaulas no Youtube: Mente e Saúde – Fisiologia e Farmacologia

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